Em época de lua cheia ou nova, ou nos dias 1 e 15 de cada mês, temos a oportunidade de nos arrepender de nossos erros e faltas.
Como praticantes da Soto Zen, mantemos uma tradição que vem desde a época de Xaquiamuni Buda.
Há cerca de 2.600 anos, monges e monjas se reuniam para a cerimônia de arrependimento. Aqueles que cometiam infrações ao código de ética e convivência criado por Buda expunham suas faltas publicamente.
Declaravam suas fraquezas e estabeleciam o firme compromisso de transformação.
Atualmente, este rito deixou de ser público para ser realizado internamente, em profunda auto-observação. Para isso, nos engajamos na Ryaku Fusatsu (Cerimônia Curta de Arrependimento).
Leigos e monásticos devem reconhecer suas faltas e ler em voz alta o Poema do Arrependimento, comprometendo-se a não mais incorrer nos mesmos erros.
Monja Coen Roshi costuma dizer que o arrependimento é o mesmo que metanoia, transformação. Ou seja, assumimos o compromisso de mudar de ideia ou de pensamento, ou seja, deixar de seguir ou acreditar em determinada coisa para vivenciar um novo modo de enxergar a vida, por exemplo.
O arrependimento sincero e a determinação de não mais repetir os mesmos erros que nos coloca em nível de grande pureza.