No dia 20 de Junho 2021, em plena pandemia de Covid-19, Roberta Lopes Guizzo deu à luz Isabel, em um parto domiciliar não planejado. Isabel nasceu com 41 semanas e 6 dias, com 56cm e pouco mais de 4.300g. O Relatório de Isabel nos conta como foi possível isso acontecer e como foi a curta vida de Isabel, que esteve conosco por pouco mais de um ano.
Foi a partir desta vivência dolorosa, mas igualmente cheia de amor e carinho, que Roberta buscou seguir vivendo sua vida e a de Isabel, ao procurar formas de que sua história nunca mais se repita, que as pacientes de risco sejam prontamente reconhecidas e tratadas de acordo no ambiente hospitalar.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 3 milhões de pessoas morrem todos os anos devido a cuidados inseguros/danos evitáveis. Somente em países de baixa e média renda são 2,6 milhões de pessoas. A pequena Isabel foi uma delas. Mas ela não é só mais um número nas estatísticas. A partir da sua história, Roberta vem construindo um legado. Diante do seu quadro clínico, Roberta e Isabel tinham o direito a um atendimento individualizado, que oferecesse o tratamento e o acompanhamento mais adequados para garantir a sua saúde e a saúde da Isabel.
Roberta faz parte da Associação Dando Voz ao Coração que criou o PL 2242 de 2022, aprovado na Câmara e que tramita no Senado. O Projeto de Lei trata de Direitos para Todos os Pacientes Brasileiros, de forma semelhante à que ocorre em outros países. Neste ano de 2025, Roberta conseguiu aprovar no Paraná a Lei Isabel 22.341/2025, que tornou obrigatória a inclusão de uma tarja vermelha nas carteirinhas das gestantes de alto risco, bem como seu atendimento prioritário.
Conheça a história de Roberta, Isabel e de tantas pacientes de alto risco no Brasil.